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Presidenta da FNE critica proposta apresentada pela CNSaúde ao TST para pagamento do piso salarial da enfermagem no setor privado

Presidenta da FNE critica proposta apresentada pela CNSaúde ao TST para pagamento do piso salarial da enfermagem no setor privado

A presidenta da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Solange Caetano, criticou a proposta da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), apresentada no último dia 7/11/2023, referente ao pagamento do piso salarial aos enfermeiros do setor privado. A ideia de parcelar os salários ao longo de 2 a 3 anos foi classificada como "indecente ", uma vez que essa medida corroeria os valores devido à inflação. 

Solange enfatizou a priorização do lucro por parte dos maiores grupos econômicos da saúde suplementar, citando um relatório que indicava um lucro de R$2 bilhões no primeiro semestre de 2023. Ela também denunciou estratégias do empresariado para atrasar a implementação do piso, como a apresentação de propostas ultrajantes durante as negociações, forçando a recusa dos enfermeiros. Um exemplo disso aconteceu na Paraíba, onde empresários propuseram o parcelamento do pagamento do piso em até 5 anos. O Sindicato dos Enfermeiros da Paraíba(Sindep-PB) buscou a justiça, e obteve liminares que obrigaram alguns estabelecimentos a pagar imediatamente o piso. No entanto, o pedido de mediação suspendeu as liminares, negando uma remuneração digna aos profissionais de enfermagem.

Diante do impasse nas negociações, Solange Caetano afirmou que as lideranças da enfermagem estão aguardando a proposta que será apresentada na próxima reunião de mediação coordenada pelo TST, marcada para o dia 17/11. Ela destacou a disposição em manter a negociação, mas ressaltou que outras medidas, como mobilizações e greve, não estão descartadas, indicando que a FNE e outras entidades representativas dos enfermeiros e enfermeiras seguirão determinadas em defender e garantir os direitos da categoria.

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