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FNE realiza reunião com Cofen para debater Educação a Distância (EAD) na Enfermagem

FNE realiza reunião com Cofen para debater Educação a Distância (EAD) na Enfermagem

Nesta tarde (12), a presidente da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) e do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP), Solange Caetano, e o enfermeiro docente Juvenal Tadeu Canas Prado, estiveram em Brasília para um encontro com o presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Manoel Carlos Neri. O objetivo da reunião, convocada pela FNE, foi debater a formação em nível superior pela modalidade de Educação à Distância (EAD) e definir uma pauta comum de estratégias que será apresentada ao Ministério da Educação e Cultura (MEC) na comissão que deliberará a revisão das Diretrizes Curriculares dos Cursos de Enfermagem em todo o país, a qual a FNE e demais entidades tem representação. Solange Caetano iniciou a reunião apresentando as ações já realizadas pela FNE como conversas no Ministério da Saúde sobre o tema. “Nós entendemos que o importante é fazermos um documento único para levar ao MEC”, comentou. Para Manoel Neri, “é necessário as entidades estarem juntas, e a melhor forma neste momento para fortalecer este debate é unir cada vez mais entidades, inclusive com representantes da própria sociedade”. A solicitação de alteração do Decreto Presidencial nº 5622/2005 - que regula a avaliação dos cursos de Medicina, Psicologia e Odontologia pelo Conselho Nacional de Saúde para que os cursos de Enfermagem sejam incluídos - também foi pontuado como uma das ações que estão sendo realizadas. Juvenal citou alguns números sobre as graduações, "A interpretação da qualidade dos cursos de Enfermagem não pode ser analisada somente pelo conceito do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), pois este não garante qualidade plena de um curso. Para isso existe o Conceito Preliminar de Curso (CPC), que dentre os itens avaliados, está contido o Indicador de Diferença de Desempenho (IDD) para ver as instituições que efetivamente agregam valor na formação do aluno", comentou. A FNE ressaltou o seu posicionamento contra a graduação de enfermeiros predominantemente na modalidade a distância, não contra o EaD, mas também contra os cursos presenciais de baixa qualidade, cuja formação compromete a segurança da população e também a segurança destes trabalhadores que buscam qualificação superior. "A quantidade de profissionais que hoje é formado não é absorvido pelo mercado de trabalho", comentou Manoel. Para Solange, a solução é criar um projeto de lei que determine o dimensionamento de pessoal nas instituições. "Entendemos que a reunião foi bastante produtiva. Nós buscamos a unidade entre as entidades sempre pensando em prol da categoria, e daqueles que estão em formação, para que haja cada vez mais qualidade na assistência. Vamos pensar em conjunto neste documento que será levado à comissão do MEC", finalizou Solange. EAD na Enfermagem: em 2015, a FNE debateu junto ao MEC a questão dos cursos de graduação em Enfermagem no modelo EAD e protocolou uma carta com argumentos sobre os prejuízos deste tipo de formação e a importância de discutir este assunto diante da quantidade de Instituições de Ensino Superior (IES) que oferecem esse curso. Após esta solicitação, o Conselho Nacional de Educação (CNE) instituiu a criação de uma comissão que revise as diretrizes curriculares em conjunto com as entidades que representam estes profissionais. A reunião de hoje faz parte de uma série de ações deliberadas pela FNE e os sindicados filiados.

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