
Agosto de 2025 - Bancada Sindical MNNP-SUS | 1
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Foi publicado recentemente um estudo que evidencia as disparidades salariais nos postos de trabalho formais ocupados por profissionais da Enfermagem no Brasil, considerando a intersecção entre raça/cor e gênero. A pesquisa apresenta ainda um método inovador de visualização de dados: o Relógio dos Privilégios.
O levantamento utilizou informações da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) referentes ao período de 2013 a 2022, comparando 9.423.711 registros. A constatação mais alarmante foi que mulheres negras ocupam o grupo com maior desvantagem salarial. A análise mostrou que homens brancos, mulheres brancas e homens negros precisam trabalhar menos tempo para atingir os mesmos rendimentos que as mulheres negras.
Embora o estudo aponte avanços discretos na redução das disparidades — especialmente entre homens brancos e negros —, a desigualdade permanece significativa quando se trata das mulheres negras.
O trabalho foi desenvolvido por um grupo de pesquisadores de destaque: Ricardo Mattos Russo Rafael, professor associado do Departamento de Enfermagem de Saúde Pública; Helena Maria Scherlowiski Leal David, professora titular do Departamento de Enfermagem de Saúde Pública (RJ); Mário Roberto Dal Poz, professor/diretor do Instituto de Medicina Social (RJ); Kênia Lara Silva, professora associada do Departamento de Enfermagem Aplicada (RJ); Roberta Georgia Souza dos Santos, professora adjunta do Departamento de Enfermagem em Saúde Pública (RJ); Tiago Braga do Espírito-Santo, docente do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgico (RJ); e Ellen Márcia Peres, da Enfermagem em Foco (RJ).
Para a Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), o Relógio dos Privilégios é mais do que uma ferramenta de análise: é um instrumento de conscientização e mobilização. Traduzir de forma clara e acessível as desigualdades salariais permite não apenas ampliar o debate, mas também fortalecer a luta por condições de trabalho mais justas e igualitárias. A FNE reafirma seu compromisso com a valorização da Enfermagem e com a construção de um cenário onde gênero, raça ou cor não determinem o valor do trabalho e da vida profissional.
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