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Ebola: Proteja nossas enfermeiras!

Ebola: Proteja nossas enfermeiras!

Conselho Internacional de Enfermeiros apela a um maior apoio aos profissionais de saúde da linha de frente Genebra Suíça, 21 de maio de 2015 - Hoje, o Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN) publica novamente o seu apelo por apoio ao aumento de  ambientes de trabalho mais seguros para os enfermeiros e outros profissionais de saúde na linha de frente. A chamada segue um relatório preliminar emitido pela Organização Mundial da Saúde, que afirma que dos 815 trabalhadores da saúde que foram infectadas pelo vírus Ebola, desde o início da epidemia, mais de 50% são enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Dois terços dos profissionais de saúde que foram infectadas morreram. “As enfermeiras estão colocando suas próprias vidas em risco para cuidar dos outros”, disse David Benton, diretor executivo da ICN. “Este relatório reforça a necessidade de vigilância, bem como a necessidade de se ter ambientes seguros de trabalho e com número suficiente de profissionais da saúde bem preparados. Os números devastadores das enfermeiras que perderam suas vidas mostra que há claramente uma necessidade essencial para um reforço significativo das políticas de segurança e o fornecimento de equipamento de proteção adequado além de formação apropriada”. O relatório indica que “os profissionais de saúde têm de 21 à 32 vezes mais probabilidade de ser infectados com Ebola” do que os adultos na população em geral. Enquanto enfermeiros somam mais de 50% de todos os trabalhadores de saúde infectados, os médicos e estudantes de medicina representam 12%, e os trabalhadores de laboratório, comércio e trabalhadores elementares representam 7% cada. As infecções por Ebola entre os trabalhadores de área da saúde tiveram efeitos devastadores sobre os sistemas, incluindo o fechamento de hospitais, esgotamento da força de trabalho, que é muito necessário para cuidados de saúde, e desconfiança no sistema de saúde. O relatório da OMS afirma que o Ebola “exacerbou a escassez pré-existente dos trabalhadores da saúde, altos índices de atrito, distribuição irregular, condições de emprego precárias e lacunas em OHS [de saúde ocupacional e segurança] nos três países [Guiné, Libéria e Serra Leoa ]”. Em outubro de 2014, o ICN realizou uma conferência mundial sobre Enfermagem e do vírus Ebola em conjunto com o Conselho de Enfermagem Espanhol (Consejo General de Enfermagem), que reuniu representantes da Federação Europeia de Enfermeiros, Médicos sem Fronteiras, associação de enfermagem e sociedades, bem como enfermeiros especialistas em cuidados diretos de pacientes infectados pelo vírus Ebola. A declaração de Madrid apelou aos governos a criação de  ambientes de trabalho seguros para os trabalhadores da saúde, como um pré-requisito para a prestação de cuidados aos infectados. Além disso, foi pedido que houvesse uma formação adequada dos profissionais além de educação, a disponibilidade de equipamentos de proteção, bem como a participação ativa das enfermeiras na formulação de políticas em matéria de prevenção e cuidados dos pacientes.

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