13/11/2025 16:56

Preconceito sofrido por enfermeiras(os) LGBTs no Brasil é pautado por diretora da FNE no 1º Encontro Nacional de Sindicalistas LGBTIQ+

Elaine Leoni,  diretora da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), presidenta do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo( SEESP) e coordenadora do Comitê LGBT da Internacional de Serviços Públicos (ISP), explanou sobre o preconceito e as desigualdades vivenciadas por enfermeiras(os) pertencentes à comunidade LGBTQIAP+ no Brasil, enquanto participava do 1º Encontro Nacional de Sindicalistas LGBTIQ+, em Bogotá, na Colômbia.

A diretora da FNE revelou que o Brasil sofre, severamente, com a falta de pessoas LGBTs nas entidades sindicais. A prática, segundo sua explicação, corrobora para que a discriminação e o desrespeito sejam vivenciadas diariamente pelos profissionais. “Enquanto nós não conseguirmos colocar as pautas dentro das instituições, nós não conseguiremos avançar”, alerta.

Elaine Leoni adentra nas dificuldades hoje sofridas para conseguir contemplar cláusulas que resguardem o direto dessas pessoas nas convenções coletivas. “Em São Paulo nós temos 17 convenções coletivas e delas apenas uma não foi fechada essa ano. Não foi fechada porque eles não querem colocar a cláusula LGBT e nós, enquanto entidade sindical, enviamos para que o Ministério faça o julgamento”, explica.

Para a líder sindical, a falta de apreciação de alguns patronais sobre pautas raciais, juvenis e LGBTs reverbera a falta de diversidade nas entidades. Em contraponto, ela explica que para conseguir contemplar essas pautas nas convenções foi preciso se mobilizar junto as pessoas e demonstrar que existem discussões em comum.

A coordenadora do comitê LGBT da ISP enfatiza que existem “profissionais LGBTs capacitados e não capacitados, como em todas as profissões.” Ao final, reforça que as necessidades das pessoas LGBTs vão além do salário, mas também do respeito e da dignidade.