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FNE repudia regulamentação de cursos de Enfermagem a distância

FNE repudia regulamentação de cursos de Enfermagem a distância

Dados do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN, 2012) apontam que, no Brasil, há registrados mais de 1,8 milhão de profissionais de enfermagem, sendo que desse total, aproximadamente 350 mil são enfermeiros. A formação desses profissionais em nível superior é obrigatória e a Resolução CNE/CES nº 3/2001 não prevê que qualquer tipo de aprendizado ocorra por meio de cursos ou aulas à distância, exigindo a graduação exclusivamente presencial. A enfermagem tem, por princípio, o cuidado do próximo. O contato humano é fator primordial para um atendimento com qualidade e excelência exigindo, por sua vez, o conhecimento das características e individualidades de cada paciente. As Diretrizes Curriculares Nacionais são claras na exigência que a formação do enfermeiro tenha um acompanhamento presencial visando a realização de atividades práticas previstas em cenários diversos em todos os níveis de atenção à saúde. As ações no dia a dia de trabalho de um profissional de enfermagem atingem graus de complexidade que, somente com um conhecimento prático, são resolvidas com a atenção necessária. Você, cidadão, estaria seguro ao saber que o enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem aprendeu a fazer uma simples punção intravenosa para coleta de sangue ou aplicação de medicamento virtualmente? Sem sequer ter feito tal procedimento em um boneco ou simulador de procedimentos médicos? A Universidade Anhanguera, por exemplo, tem no sistema e-MEC um pedido de reconhecimento de curso de Ensino à Distância (EAD) de Enfermagem com unidades de apoio presencial em seis municípios, sendo cinco em Mato Grosso do Sul e um em São Paulo. No total, são 16.800 vagas por ano. No Estado de São Paulo existem 272 cursos de Enfermagem no formado EAD com 36 mil vagas por ano. O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) encaminhou uma minuta de recomendação ao Ministério da Educação e Cultura (MEC) solicitando que os cursos à distância não sejam reconhecidos e a FNE é totalmente favorável a essa orientação. Vivemos um momento em que o conhecimento técnico se faz ainda mais primordial na qualidade da prestação de serviço uma vez que as condições de trabalho dos profissionais em várias unidades de saúde o país é precário. A falta de estrutura e equipamentos exige maior expertise para evitar erros com consequências que não gostamos de presenciar. Somos contra o aprendizado não presencial em uma profissão em que o preservar da vida é o seu maior objetivo!  

Solange Caetano Presidente

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