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FNE participa de Mesa de Diálogo na Comissão Intersetorial de Relações de Trabalho e Educação na Saúde

FNE participa de Mesa de Diálogo na Comissão Intersetorial de Relações de Trabalho e Educação na Saúde

A Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) participou, no dia 19/11/25, da Mesa de Diálogo: “Demografia, Censo, Cadastro Nacional de Especialistas e Mercado de Trabalho da Enfermagem no Brasil: onde estamos? E para onde vamos?” –, realizada na reunião da Comissão Intersetorial de Relações de Trabalho e Educação na Saúde (CIRTES), do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Representando a FNE, esteve a vice-presidenta da Federação e conselheira do CNS, Shirley Morales, onde participou do debate ao lado da representante do Ministério da Saúde, Lívia Angeli Silva, do Departamento de Gestão do Trabalho em Saúde, e da presidenta da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), Jacinta Sena. A coordenação da mesa foi realizada pela conselheira e coordenadora titular da CIRTES, Francisca Valda, da ABEn.

Durante a discussão, a FNE destacou o papel histórico do movimento sindical na luta pela valorização da enfermagem, trazendo elementos fundamentais como:

A importância estratégica do Censo e da Demografia da Enfermagem para compreender a distribuição da força de trabalho no país, identificar vazios assistenciais e subsidiar políticas públicas mais justas e eficientes;

A necessidade de reconhecimento profissional e remuneratório, especialmente considerando que 37% da força de trabalho da enfermagem que atua na Atenção Primária possui especialização, mas ainda não tem esse nível de qualificação refletido em sua remuneração;

O processo de desestímulo e evasão de profissionais, provocado por baixos salários, condições de trabalho precárias e pela ausência de políticas consistentes de valorização;

O adoecimento da categoria, intensificado após a pandemia, e que permanece como um desafio urgente para o Sistema Único de Saúde;

A luta nacional pela efetivação do Piso da Enfermagem, ainda descumprido em diversas regiões do país;

As pesquisas e estudos produzidos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), encomendados pela FNE, Confederação Nacional dos Trabalhadores da Saúde e Internacional de Serviços Públicos, que apresentam evidências científicas essenciais para o planejamento da força de trabalho no setor.

A FNE reforçou, ainda, o papel das centrais sindicais — incluindo a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), da qual a representante faz parte e a Central Única do Brasil (CUT), à qual a FNE é filiada — e dos sindicatos estaduais na defesa da enfermagem dentro do controle social, como estratégia central para o avanço das pautas da categoria.

Como encaminhamento, definiu-se a continuidade de uma agenda ampla e integrada voltada ao fortalecimento da força de trabalho da enfermagem, à consolidação do Censo e à construção de políticas de valorização profissional, fundamentais para a qualidade da atenção em saúde e para o futuro da profissão no Brasil.

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