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Enfermeiros fazem manifestação na Praça da Independência

Enfermeiros fazem manifestação na Praça da Independência


Representantes do Sindicato dos Enfermeiros do Estado e São Paulo (SEESP) e da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) fizeram ontem, dia em que Santos completou 466 anos, manifestação na Praça da Independência pela jornada de 30 horas semanais de trabalho para a categoria.


Com direito a faixas e distribuição de panfletos, os dirigentes ressaltavam a promessa da presidente Dilma Rousseff, de que apoiaria a aprovação do Projeto de Lei 2295/2000, que garante a mudança e que tramita na Câmara dos Deputados. Segundo os manifestantes, estudos realizados pelo Fórum Nacional demonstram que o impacto financeiro das 30 horas tanto o Governo, quanto para os empregadores do setor privado da saúde, é muito pequeno.


No entanto, defendem os dirigentes, o impacto para os trabalhadores e, principalmente para os pacientes, seria altamente positivo, resultando em cuidados mais seguros e qualidade para os usuários do Sistema Único de Saúde.


A presidente da FNE, Solange Caetano, disse ontem que a enfermagem ainda é uma das poucas categorias que não tem jornada de trabalho regulamentada. “Nós podemos fazer até 44 horas semanais de trabalho, inclusive para quem tem dois ou três empregos. Essa sobrecarga de trabalho vem causando problemas de saúde em muitos trabalhadores da enfermagem”, afirma Solange.


Os efeitos disso é um atendimento precário, erros profissionais e muita reclamação por parte dos usuários do SUS, principalmente pela pouca quantidade de enfermeiros nos postos de saúde. “A maior parte dos hospitais não respeita o número mínimo de enfermeiros por quantidade de leitos. Geralmente é um profissional para cada 20 ou 30 leitos, quando na verdade o certo seria para cada três ou quatro leitos.” Explica a presidente.


Os dirigentes disseram que o Estado de São Paulo possui cerca de 315 mil enfermeiros e o País agrega 1,6 milhão de trabalhadores. “Deste universo, 90% são mulheres que, como na maioria das profissões, divide o tempo com os afazeres de casa e atenção à família; É uma terceira jornada”.


Segundo a dirigente, é a primeira vez que a manifestação é feita na Baixada Santista, sendo que a mais recente foi feita em Brasília, em que participaram aproximadamente quatro mil trabalhadores e o ministro da Saúde Alexandre Padilha.


A presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Elaine Leone, disse que a reivindicação será o principal tema do Fórum Estadual de Profissionais de Enfermagem, que irá mobilizar centenas de profissionais em São Paulo. “No dia 8 de março próximo, nós faremos uma manifestação em todas as assembleias legislativas pelo trabalho de 30 horas” finalizou a sindicalista.

Fonte: www.diariodolitoral.com.br

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