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Brasil sofre com falta de enfermeiros no mercado de trabalho

Brasil sofre com falta de enfermeiros no mercado de trabalho


Procuram-se enfermeiros, técnicos e auxiliares, mas nem sempre aparecem candidatos. “Eu acredito que a demanda dos profissionais tenha aumentado por consequência do número de leitos que nós temos hoje, pela gravidade dos pacientes que recebemos. Então, por mais que as escolas coloquem profissionais no mercado, ainda há um déficit bastante grande”, afirma a chefe de enfermagem Ana Cláudia Giffhorn.

Com vagas sobrando, Débora Sabino, enfermeira há oito anos, conseguiu dois empregos. “O mercado para mim está ótimo, mas eu sei que está faltando bastante enfermeiro”.

Em todo o país, trabalham 1,6 milhão de enfermeiros. Em relação à população, a proporção não chega a um profissional para cada mil habitantes.

Entre 40 países pesquisados, o Brasil que tem uma taxa semelhante a da Índia, ficou à frente apenas do Chile. Em primeiro lugar está a Islândia, com 15 enfermeiros para cada mil habitantes.

De acordo com a Associação Brasileira de Enfermagem, em algumas especialidades, a situação é ainda mais grave. Faltam profissionais nas unidades básica de saúde, e para cuidar de idosos. E conforme a população de um país envelhece, a necessidade de enfermeiros aumenta.

“A Região Sudeste é a campeã de escolas, a Região Sul também tem um grande número de escolas, mas elas ainda estão concentradas nas capitais e nos grandes centros”, afirma Carmem Cristina dos Santos, presidente nacional da Aben.

No Paraná, por exemplo, quem trabalha em cidades pequenas pode ganhar até o dobro do que receberia na capital. Em Curitiba, a carga horária vai passar de 40 para 30 horas semanais a partir de março.

“É com esse aumento de quadro que vai ter que realmente acontecer, para que possamos implantar essa nova metodologia para também melhorar a qualidade do serviço”, diz Eliane Chomatas, secretária municipal de Saúde de Curitiba.

Nas mãos dos jovens profissionais está a esperança. Camila Costa é técnica há dois anos, e acaba de ser aprovada no vestibular de enfermagem. “Não me vejo fazendo outra coisa. Quando você sai daqui se sente melhor, porque pelo menos ajudou alguém”.

Fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil

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