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Presidenta da FNE pede união para uma enfermagem fortalecida

Presidenta da FNE pede união para uma enfermagem fortalecida

A presidenta da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Solange Caetano, discursou nesta terça-feira, 9/9/2025, durante o 1º Encontro das Organizações de Enfermagem do Brasil: “Fortalecendo a Enfermagem Brasileira Desafios e Oportunidades”, em Salvador/BA.

O encontro reuniu associações, sindicatos e conselhos profissionais com o objetivo de discutir e construir uma agenda comum em defesa da profissão, focando nos desafios como condições de trabalho, valorização e regulamentação da prática da enfermagem.

Solange ressaltou que o encontro foi uma proposta do Fórum Nacional da Enfermagem e que é preciso unidade entre as entidades, pois só desta forma será possível construir uma enfermagem que luta, uma enfermagem valorizada e fortalecida. “Precisamos, nesse encontro, dar conta de tarefas que protejam os nossos trabalhadores em seus locais de trabalho, não os tornando adoecidos ou com pensamentos suicidas e muitas vezes chegando ao próprio suicídio por não termos uma classe trabalhadora unida”, concluiu.

A presidenta destacou ainda a necessidade de buscar estratégias políticas que demonstrem para a categoria que as entidades estaduais e municipais estão unidas em prol dos trabalhadores, “é preciso deixar as vaidades de lado e construir uma enfermagem forte, organizada, politizada e reconhecida pelo congresso como hoje não somos. Não é possível aceitar que hoje exista um Projeto de Lei como o 1365/2022, que regulamente um salário para médicos de R$ 10.991,00, por 20 horas semanais e um parlamentar que queira nos fazer desistir das 30 horas semanais para enfermeiros e enfermeiras. Não é possível renunciar àquilo que é um direito da enfermagem”.

Para Caetano, as 30 horas semanais são um direito humano do trabalhador. Direito de quem dobra plantão, sendo que não tem quem o substitua porque o dimensionamento da enfermagem não é cumprido pelos empregadores, sejam eles públicos ou privados, pois não existe uma regulamentação clara sobre quantos pacientes um enfermeiro deve cuidar.

“É preciso que cada um convide as entidades locais de seus municípios a formar fóruns para que a enfermagem tenha de fato o reconhecimento do congresso, porque não é possível que um projeto que tenha um impacto de 44 milhões na economia, seja aprovado e a PEC 19, que regula a jornada de 30 horas e tem orçamento de apenas 16 milhões, seja a responsável por quebrar o hospital”, conclamou Solange.

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