Outras Palavras: presidenta da FNE aborda os impactos da crise climática na saúde e propõe soluções municipai

A presidenta da FNE, Solange Caetano, em sua coluna no Outras Palavras, publicada dia 8 de outubro de 2024, trouxe uma reflexão importante sobre o papel das cidades na crise climática e seu impacto direto na saúde pública. O texto aborda como a degradação ambiental acentua problemas de saúde e como medidas simples, como a melhoria do saneamento básico, o tratamento adequado de resíduos sólidos e a conservação de áreas verdes, podem mitigar esses efeitos. A relação entre investimentos em saneamento e a economia nos gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) é um ponto fundamental destacado, uma vez que a prevenção de doenças como dengue e chikungunya está diretamente relacionada à qualidade ambiental.

Solange também ressalta que a gestão de resíduos sólidos nos municípios não pode se resumir ao uso de aterros sanitários. É preciso adotar tecnologias que reaproveitem materiais recicláveis e tratem os resíduos orgânicos, gerando sustentabilidade, empregos e energia. Ela alerta ainda para a necessidade de manter e expandir as áreas verdes nas cidades, evitando sua privatização, que prejudica o acesso da população mais pobre.

A presidenta da FNE conclui enfatizando que as ações ambientais nos municípios não podem ser desvinculadas das áreas de saúde e educação. As populações mais vulneráveis, que vivem em condições precárias de moradia e saneamento, sofrem os maiores impactos da crise climática. A falta de interesse político e a influência de grandes grupos econômicos, muitas vezes, afastam a atenção de questões essenciais para a saúde pública e o bem-estar social.

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