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NY - 68a sessão da Comissão sobre o estatuto da mulher debate a economia do cuidado

NY - 68a sessão da Comissão sobre o estatuto da mulher debate a economia do cuidado

Construindo um futuro onde o cuidado é valorizado e compartilhado: Aproveitando a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW) para promover a economia do cuidado.  No último dia 15 de março de 2024, na Sala de Conferências, em Nova York, foram essas as discussões centrais. 

 
 
 
 
 
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Uma publicação compartilhada por Federação Nacional Enfermeiros - FNE (@portalfne)

A vice-presidenta da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Shirley Morales, teve participação ativa e traz informações importantes. “O trabalho de prestação de cuidados sustenta as economias e as sociedades, mas é geralmente subvalorizado e não reconhecido.  

As mulheres, em média, gastam mais 2,8 horas por dia do que os homens na prestação de cuidados não remunerados e no trabalho doméstico.  O papel predominante das mulheres nos cuidados não remunerados é um fator chave para a sua maior propensão para a pobreza”.

“A gente encerrou a parte das negociações em torno do Estatuto da Mulher, retomamos as negociações nesta segunda-feira e estaremos fazendo palestras, exposições sobre questão da valorização do cuidado, de financiamento para as políticas públicas de cuidado. A enfermagem desenvolve serviços ligados ao cuidado. Então, é preciso construir um futuro de políticas de valorização do cuidado, para que as mulheres possam ser inseridas.”

Shirley Morales lembra que no Brasil a enfermagem é  composta, prevalentemente, de mulheres pretas e pardas, que muitas vezes  têm duplos vínculos e uma terceira jornada com as questões domésticas, trabalho muitas vezes não remunerado. Defende ser preciso garantir às mulheres que seus direitos sexuais, reprodutivos e laborais sejam respeitados e valorizados.

A CEDAW desempenha um papel crucial na abordagem do trabalho de cuidados não remunerado, dos sistemas de cuidados e da economia dos cuidados e apela aos estados para que garantam a igualdade de acesso das mulheres às oportunidades de emprego, livres de discriminação com base no gênero ou nas responsabilidades familiares.  

Durante os debates, Shirley Morales explica que muito foi dito sobre  a necessidade de políticas e infra-estruturas que apoiem a participação das mulheres na economia formal, tais como, serviços de acolhimento de crianças e de cuidados de longa duração a preços acessíveis, construção de uma economia de cuidados sustentável e equitativa que valoriza o trabalho de cuidados. A defesa dos princípios da CEDAW exige também:

➡️Investir em infraestrutura e serviços de atendimento público.

➡️Promulgar políticas que promovam a responsabilidade compartilhada pelo trabalho de cuidado dentro das famílias e comunidades.

➡️Reconhecer e valorizar a contribuição económica do trabalho de cuidados não remunerado.

➡️Implementar medidas de proteção social para cuidadores, como pensões e seguros.

Este painel de discussão de alto nível visou mostrar o imperativo econômico e social de investir na participação econômica das mulheres através de uma economia de cuidados vibrante e valorizada.

 

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