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Medidas paliativas na Saúde

Medidas paliativas na Saúde

Pressionado pelo risco de fechamento da emergência do Hospital Federal de Bonsucesso, que funciona improvisada em contêiner, o Ministério da Saúde anuncia a contratação de médicos para o setor. Numa rede em que há grande falta de profissionais de saúde, a medida é bem-vinda. Mas é insuficiente. Afinal, o atendimento é feito por uma equipe que inclui enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem e não apenas por médicos. Cada profissional tem atribuições próprias, de acordo com sua formação, e papel fundamental nos serviços. No dia a dia das unidades de saúde, são os profissionais de enfermagem que atuam diretamente com os pacientes, na administração do tratamento prescrito, na verificação das condições clínicas e no atendimento a suas necessidades básicas. Sem eles, não há como garantir serviço de qualidade. E há carência desses profissionais na rede federal do Rio de Janeiro. Somente no Hospital Federal de Bonsucesso, o déficit estimado de enfermeiros passa de 200. Também faltam técnicos e auxiliares de enfermagem. Para agravar o quadro, o Ministério da Saúde vem demitindo profissionais concursados com duas matrículas, sob alegação de acúmulo ilegal de função pública, apesar de a Constituição garantir o direito ao duplo vinculo. As demissões, ilegais, estão sendo derrubadas na Justiça, mas a insegurança continua. É preciso, portanto, a contratação, além de médicos, de enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem para garantir atendimento de qualidade. E isso deve ser feito como parte de uma política de investimento na saúde e não apenas como medida emergencial para apagar uma fogueira e evitar o desgaste que o fechamento da emergência do Hospital Federal de Bonsucesso causaria.   Fonte: Coluna de Mônica Armada (SindEnfRJ) no Jornal O Dia

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