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FNE participa de Seminário sobre trabalhadores vítimas da COVID 19: memórias, justiça e reparação

FNE participa de Seminário sobre trabalhadores vítimas da COVID 19: memórias, justiça e reparação

A convite da Associação de Vítimas da Covid-19, a vice-presidenta da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Shirley Morales, participou dia 27/3/24 de um seminário que discutiu sobre esse assunto, na perspectiva das dificuldades vivenciadas pelos trabalhadores/as da saúde e a população em geral.

Durante o encontro muito se falou sobre  esse período tenebroso, que assombrou o mundo inteiro. Passados três anos desde o primeiro caso de Covid-19 registrado no país, em fevereiro de 2020, o Brasil alcançou o triste marco, em março de 2023, de 700 mil mortes causadas pela doença.

Números que assustam e entristecem milhares de famílias enlutadas, histórias que poderiam ter sido diferentes com uma ação simples do governo e das autoridades competentes: a vacinação.

Na qualidade de Conselheira Nacional de Saúde e com vasta atuação na área e nos movimentos sindicais, Shirley Morales foi convidada a fazer um relato sobre o processo da pandemia para os profissionais de saúde, mais especificamente para a enfermagem, abordando a respeito das maiores dificuldades percebidas.

“Lembramos que  a nossa categoria já vinha adoecendo antes da pandemia, e quando a pandemia chegou acabou pegando uma enfermagem que já estava sofrendo muito, principalmente,  em termos de saúde mental e com condições precárias de trabalho. Então, a situação só piorou com a pandemia e muitos enfermeiros/as morreram por falta de instrumentos adequadas de trabalho, devido ao grande sofrimento mental que se instalou entre nós, insegurança e incertezas, falta de vacinas, de testagens, entre outras realidades complexas”.

A vice-presidenta da FNE afirmou que a categoria, mesmo diante do pavor e do cenário catastrófico que se desenhava a cada dia, manteve-se firme  em seus postos de trabalho, em nome do cuidado, da vida e do SUS. “Havia medo e temor de que após os plantões pudéssemos voltar para casa e infectar nossas famílias com a  doença. E como era difícil ver tantos pacientes em estado de sofrimento, muitas vezes, sem medicação e tratamento adequados nos estabelecimentos de saúde, principalmente, no serviço público.”

No combate da maior crise sanitária da história do país,  a ciência comprovou que a principal forma de proteção contra casos graves e óbitos era a vacina. “No entanto, foi preciso além do enfrentamento à doença e de seu crescimento vertiginoso combatermos as fake news e o negacionismo, que também assolaram nosso pais”.

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