Enfermagem mobilizada em prol das 30 horas

O ato organizado pelas entidades que compõem o Fórum, ABEN, Anaten, COFEN, CNTS, CNTSS, Eneenf e FNE, iniciou-se às 09h, com concentração na Catedral, onde a passeata  seguiu rumo ao Congresso Nacional.

Os trabalhadores reivindicam a inclusão do PL 2295/00 na pauta de votação, e buscam a aprovação da regulamentação da jornada de trabalho em 30 horas semanais.

Logo no início da manhã, a Presidenta da FNE, Solange Caetano, acompanhou a votação do PL 4924/09, que foi aprovado por unanimidade na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, que só foi votado e aprovado devido à presença dos trabalhadores que fizeram pressão, uma vez que o governo tinha feito pedido de retirada do PL da pauta do dia.

A notícia da aprovação foi recebida pelos manifestantes com alegria, que seguiram confiantes para a Audiência Pública organizada pelas entidades do Fórum Nacional 30 horas já, para tratar do PL sobre a regulamentação da Jornada, às 14h no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.

A Audiência Pública, contou com o apoio da Comissão de Legislação Participativa – CLP, presidida pelo Deputado Federal Anthony Garotinho, e contou com a presença de inúmeros parlamentares que discursaram em apoio a aprovação do PL, em nome de melhor qualidade no atendimento à população.

Durante o evento, representantes das Entidades de Enfermagem, foram recebidos pelo Presidente da Câmara, Deputado Marco Maia, levando um documento de solicitação de inclusão do PL na pauta de votação. A resposta foi de que a pauta está trancada, devido às Medidas Provisórias a serem encaminhadas, e que, portanto somente havendo consenso entre governo, líderes e trabalhadores o projeto poderá ser votado em seção extraordinária.

Quatro Enfermeiros do DF iniciaram uma greve de fome em frente ao Congresso Nacional, e dizem que somente encerrarão a greve quando o PL entrar em pauta. “Só sairemos dentro de uma ambulância para a UTI”, diz um dos grevistas.

Após este posicionamento da Presidência da Câmara, Solange Caetano, presidenta da FNE diz que a Enfermagem não pode mais esperar, 12 anos se passaram e a categoria não tem jornada regulamentada, e já sinalizou, a paralização nacional deverá ocorrer na segunda semana de maio, e conta com o apoio das demais entidades que compõem o Fórum. “A Enfermagem não mais se submeterá a ser massa de manobra dos interesses do setor privado e dos políticos. Fazemos saúde, e queremos melhores  condições de trabalho para garantir atendimento qualificado à população”.

Hoje 12/04, o Fórum Nacional 30 horas já está reunido para discutir as estratégias da paralização.

Fonte: Assessoria FNE