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O OutraSaúde publicou uma coluna que denuncia a grave precarização enfrentada pela enfermagem brasileira. A categoria, essencial para o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e também da saúde privada, vive sob condições alarmantes, com jornadas exaustivas, baixos salários e vínculos empregatícios cada vez mais precários. A reforma trabalhista de 2017 agravou esse cenário, promovendo contratos temporários e terceirizações através de Organizações Sociais (OSs), que priorizam metas quantitativas em detrimento da qualidade do trabalho e da estabilidade profissional.
A enfermagem, composta por 85% de mulheres e com significativa presença de profissionais negras, enfrenta desafios que ampliam desigualdades de gênero e raça. Muitas enfermeiras conciliam múltiplos empregos formais com responsabilidades domésticas, resultando em altos níveis de desgaste físico e emocional. Essa realidade tem levado muitos/as profissionais a buscar oportunidades no exterior, principalmente em países como Alemanha e Estados Unidos, deixando o Brasil com um déficit preocupante de trabalhadores/as qualificados.
A luta pelo piso salarial e pela regulamentação de uma jornada de 30 horas semanais é uma pauta histórica, mas ainda longe de ser plenamente atendida. Entretanto, especialistas e entidades como a Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) destacam que essas conquistas só terão impacto real se acompanhadas de investimentos no SUS, como a realização de concursos públicos e a garantia de vínculos estáveis. Somente com essas medidas será possível reverter a precarização que coloca em risco tanto a saúde dos profissionais quanto a qualidade do atendimento à população.
Outro aspecto preocupante é a crescente sobrecarga emocional vivida pela categoria, que enfrenta taxas alarmantes de burnout, ansiedade e depressão. A falta de políticas eficazes de apoio psicológico agrava os afastamentos e desmotivação, impactando diretamente o funcionamento dos serviços de saúde. Para enfrentar essa crise, é fundamental que o debate sobre a valorização da enfermagem inclua a implementação de medidas estruturais e investimentos que promovam condições laborais dignas.
A coluna destaca que é essencial mobilizar a sociedade em defesa de um SUS fortalecido, capaz de reconhecer o papel indispensável da enfermagem no cuidado à saúde pública. A reversão desse cenário passa por revogar a reforma trabalhista, ampliar concursos públicos e estabelecer políticas que priorizem a estabilidade e o bem-estar dos/as enfermeiros/as. Acompanhe a coluna na íntegra no site do OutrasSaúde https://outraspalavras.net/outrasaude/enfermagem-realidade-de-superexploracao/
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